Os câmbios automáticos e automatizados, que dispensam a troca de marchas pelo motorista, estão ganhando cada vez mais popularidade no Brasil. Antes equipavam apenas modelos de luxo ou versões top de linha de alguns veículos, mas hoje podem ser encontrados até nos mais populares. Os sistemas mais usados são o automático e o automatizado. Quais são as diferenças entre eles e quais seus pontos positivos e negativos?
Carros com câmbio automático não têm embreagem. Em seu lugar há um conversor de torque para fazer a ligação entre o motor e as rodas. Ele é formado por um conjunto de engrenagens planetárias de diversos tamanhos que engatam entre si. Este câmbio está no mercado há mais tempo e é, portanto, um sistema mais robusto e evoluído. Até por isso, costuma apresentar menos problemas mecânicos. Mas quando isso ocorre, os custos podem ser altos.
As versões mais modernas deste tipo de câmbio têm no mínimo seis marchas. Nestes casos as trocas são quase imperceptíveis, sendo feitas com suavidade. Em carros com câmbios automáticos mais antigos, com quatro marchas, os engates são mais notáveis em algumas situações.
O câmbio automático, portanto, é mais robusto, dá mais conforto e é mais fácil de usar. Sua desvantagem é provocar, em geral, maior consumo de combustível, é um equipamento mais caro e requer mão de obra especializada em sua manutenção.
Por sua vez, o câmbio automatizado também dispensa o motorista de trocar as marchas, mas é um sistema menos avançado que o automático. Por ser mais simples, tem custo menor e equipa os modelos mais populares. Exemplos deles são o sistema Dualogic, da Fiat, e o I-motion, da Volkswagen.
Tecnicamente, o câmbio automatizado tem dois atuadores e uma central eletrônica que monitora a troca das marchas. A central controla a embreagem e ajusta o torque e o tempo exato para fazer as mudanças com rapidez.
Ele é mais barato que o automático (custa cerca de 50% a menos), gera menos consumo de combustível e sua manutenção é menos complexa e mais barata. Sua desvantagem é a dificuldade de realizar trocas mais suaves. Ele dá pequenos trancos nas mudanças, uma queixa comum dos usuários.
Vale acrescentar que nos últimos anos surgiram novas versões deste câmbio com maiores avanços e menos trancos nas passagens de marcha. Uma solução foi o uso da embreagem dupla: uma responsável pelas marchas pares e outra pelas ímpares. Assim ele consegue trocar as marchas sem interromper a transmissão da força do motor, o que ocorre no câmbio manual e no automatizado convencional. Exemplos deles são os câmbios Powershift, da Ford, e o DSG, da Volkswagen.
Há ainda no mercado o câmbio CVT (Continuously Variable Transmission), um tipo de câmbio automático com relações de marchas continuamente variáveis. É um sistema sem engrenagens; ele tem apenas duas polias de diâmetro variável unidas por uma correia metálica. Ele permite uma aceleração contínua, suave e sem trancos. Ele equipa modelos de várias montadoras.
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