Manter o carro sempre limpo não é uma tarefa simples, sobretudo nos meses do ano com mais chuvas. Mas vale a pena ter em conta várias dicas sobre produtos de limpeza e a frequência com que a lavagem pode ser feita. Confira a seguir.

Em primeiro lugar, qual a periodicidade para a lavagem externa?

Entre 10 e 15 dias é uma boa frequência. Use água e xampu ou sabão neutro e evite os detergentes, sabão em pó, derivados do petróleo ou outros produtos químicos que às vezes são empregados nos lava-jatos. Querosene só pode ser usado bem diluído e exclusivamente para remover manchas de óleo ou asfalto.

Lave o carro à sombra, evitando que a carroceria esteja muito aquecida. Comece de cima para baixo, do teto às caixas de rodas, e evite deixar o sabão secar, o que pode provocar manchas na pintura. O melhor é lavar uma parte e enxaguá-la logo em seguida para isso não ocorrer.

Panos de algodão prensado (microfibras) são os melhores para a limpeza externa. E use um pano ou esponja diferente para limpar rodas, pneus e a soleira das portas, fazendo isso no final. Essas são áreas que acumulam muita sujeira, e por isso, nunca limpe essas partes e depois a lataria, pois a sujeira no pano poderá riscar a pintura. Finalmente, seque bem o carro para reduzir o risco de ferrugem.

Para proteger a pintura das dilatações provocadas pela variação de temperatura, aplique cera protetora logo após a lavagem, com o carro seco e à sombra. A cera também vai facilitar a remoção de sujeira e conservar o brilho. Uma curiosidade: a pintura metálica e a perolizada vêm com uma proteção de fábrica mais refinada. Por isso, carros com pintura sólida requerem enceramento mais frequente.

Vale lembrar que enceramento não é o mesmo que polimento. Este último é feito para remover a pintura já queimada ou manchada e é feito de forma manual ou com máquina, usando uma cera abrasiva. O polimento não precisa ser feito com frequência caso o enceramento seja aplicado com regularidade. Também não convêm fazer o polimento em demasia, pois ele pode remover a camada de pintura mais externa, expondo as camadas interiores.

Para lavar peças em plástico, internas ou externas, são indicados os protetores não-oleosos. Os que são feitos com base em silicone dão brilho e boa aparência, mas podem reter partículas de poeira. E para limpar os vidros aplique álcool ou um produto específico, usando um papel toalha ou pano que não solte fiapos para limpá-los.

Lavagem do Motor

A lavagem do motor não é recomendada pelos fabricantes, devendo ser feita apenas em casos extremos de excesso de sujeira de praias ou de trechos de terra e lama. Nesses casos, é preciso proteger os contatos elétricos envolvendo-os em plásticos. O mesmo deve ser feito para proteger a entrada do filtro de ar e o reservatório do fluido de freio, para se evitar a absorção de umidade. O motor deve estar frio e nunca deve ser aplicado querosene, que é um líquido agressivo às mangueiras e às correias do motor. Óleos de qualquer outro tipo também devem ser evitados.

A limpeza por baixo, no assoalho, também só pode receber água e sabão neutro. Alguns lava-jatos costumam pulverizar óleo de mamona, mas ele retém muita poeira. Outros chegam a aplicar óleo queimado, que é altamente danoso às borrachas e ao próprio revestimento, atacando a camada protetora. Evite-os.

Limpeza dos Pneus

Nos pneus, convém aplicar produtos com glicerina ou graxa para sapatos. Evite os derivados do petróleo, que podem ressecar a borracha. Cromados devem ser limpos com polidores de metal e uma flanela, e nunca com esponjas de aço. Peças em vinil no interior podem ser limpas apenas com água e sabão de coco.

Por fim, você pode aplicar grafite em pó nas fechaduras para limpá-las. Os óleos lubrificantes têm a desvantagem de reter a poeira, podendo prejudicar o movimento das peças no interior da fechadura.