Na medida em que a tecnologia automobilística evolui, determinadas práticas, que eram comuns e até recomendadas no passado, deixam de ter necessidade. E o que é pior: podem até ser prejudiciais aos carros atuais. Por isso, confira alguns mitos e verdades que podem ajudar a cuidar melhor do seu carro:
- Lavar o motor – prática comum no passado, ela é cada vez mais arriscada. Os motores modernos possuem mais componentes eletrônicos e sensores do que no passado, e lavá-los sem os devidos cuidados pode causar danos aos sistemas. Se o motor estiver muito sujo e for realmente preciso lavá-lo, consulte um especialista;
- Água no radiador – também era comum no passado colocar apenas água no radiador do carro. Mas os aditivos para o radiador têm uma função muito importante: combinados com a água, o líquido passa a ter um ponto de ebulição superior aos 100o C, diminuindo o risco da água ferver no uso diário. Portanto, eles não são opcionais. Os aditivos para o radiador devem ser usados sempre. Não coloque apenas água;
- Passar por lombadas freando – não é recomendável frear o carro sobre as lombadas (ou mesmo quando o pneu cai em buracos). O ideal é frear até o mais próximo possível dos obstáculos e atravessá-los com as rodas “soltas”. Quando o pneu se choca com um obstáculo com as rodas freadas há mais risco de danos aos componentes do sistema de freios;
- Passar por lombadas na diagonal – muita gente faz isso para evitar que o fundo do carro raspe na lombada. Isso só deve ser feito em circunstâncias excepcionais, quando o carro estiver muito pesado, e de forma bem lenta. Quando o carro atravessa a lombada na diagonal o monobloco do chassi é “torcido”, o que não é recomendável. O melhor é atravessar lombadas em linha reta, perpendicular a elas;
- Andar no “ponto morto” para economizar – na época dos motores com carburador, deixar o carro no ponto morto (com as marchas desengatadas) até ajudava a reduzir o consumo de combustível. Mas isso não vale para os atuais carros com injeção eletrônica. O sistema segue enviando combustível ao motor mesmo no ponto morto. Para economizar, basta levantar o pé do acelerador e o sistema eletrônico já vai entender o comando, enviando apenas o necessário;
- Freios ABS diminuem o espaço de frenagem – sua função primordial não é esta. Ele existe para evitar que as rodas travem em uma freada. Logicamente, em uma pista lisa (molhada, com gelo ou lama), o fato de não travar faz com que o espaço de frenagem seja mais curto, pois o carro não irá deslizar. Mas em piso seco, o espaço total de frenagem pode ser semelhante ao de um carro sem o ABS, desde que este não trave as rodas. De todas formas, ele é um item que, sem dúvida, eleva a segurança ao dirigir;
- Acelerar o carro antes de desligar o motor – outra prática que era comum no passado e que hoje não é mais necessária. Antigamente, com os motores com carburador, muita gente acelerava antes de desligar para encher o sistema de combustível e não forçar a bomba ao dar a partida em seguida. Com a injeção eletrônica, isso é totalmente dispensável;
- Esquentar o carro antes de sair – outra prática desnecessária hoje em dia. Ao dar partida, hoje em dia, com o motor frio, a injeção eletrônica fará com que a quantidade correta de combustível seja injetada no motor, independente da temperatura. Por isso, você pode dar a partida e sair, deixando o motor esquentar em movimento. O que se recomenda, contudo, é não forçar o motor enquanto ele não atingir sua temperatura ideal de funcionamento;
- Colocar o câmbio automático no neutro nas paradas – Não é preciso fazer isso. Parou no semáforo? Mantenha o câmbio no “D” (drive). As trocas exageradas entre “N” e “D” podem desgastar prematuramente os tambores de acoplamento;
- Gasolina aditivada aumenta a potência – outro mito. A gasolina aditivada tem componentes para limpar o sistema de alimentação e o motor – o que é recomendável -, mas eles não existem para elevar sua potência.
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